Gustavo Faleiros |

A proposta brasileira para Copenhague tornou-se uma verdadeira novela. Ela vem sendo discutida sobre documento elaborado pelo Ministério do Meio Ambiente, que propôs ação em duas frentes: redução drástica do desmatamento e cortes nas emissões dos setores industrial, agrícola e de transportes. A meta de se mitigar 80% do desflorestamento na Amazônia até 2020 parece ter atingido consenso, mas as outras ações engessaram Lula e seus ministros. Não se sabe se haverá números ou não. Na terça, após um reunião ministerial, o presidente resolveu que o anúncio das metas seria adiado. Agora, a notícia é de que nem anúncio teremos.
A declaração do secretário da ONU não soa como uma cobrança direta à Lula, mas revela o peso que o Brasil, como umas das principais economias emergentes, tem nas negociações do clima. “Nós vamos precisar saber em Copenhague o que os países em desenvolvimento como o Brasil poderão fazer, e eu espero que estes esforços possam ser quantificados”, pontuou De Boer. Ele reconheceu que o país já tem aprovado um plano nacional de mudanças climáticas, mas que espera que seja possível ao governo finalizar “um novo pacote e um número antes de Copenhague.”